Depois de muitos anos, viajei com meu Pai, foi em junho desse ano, tive que ir para uma reunião em Londres, bom ao lado da reunião estava o famoso Big Ben e lá estava eu de salto alto e toda social tirando uma foto. Não perco a oportunidade de conhecer um lugar mesmo que esteja exausta, se eu tiver 20 minutos, aproveito como se fosse o último suspiro, chego a ter taquicardia hahahaha….
Quem me conhece sabe que não é história, é a mais pura verdade …….
Do Big Ben acabei tirando uma foto em frente a London Eye, incrível Roda Gigante, maior do mundo, por enquanto, pois os árabes pretendem ter uma maior em breve.
Ahh, daí fui almoçar na Harrold’s que tem uma espécie de praça de alimentação “Gourmet” e comi um incrível filet com fritas e parecia que eu era uma criança desnutrida pois isso já era quase 17 hs… 🙂
Dessa reunião em Londres que me fez dormir apenas uma noite, fiz um voo maluco até Amsterdam, desci para uma reunião e já voltei para o aeroporto para embarque a Casablanca no Marrocos, isso mesmo nem um flash de Amsterdam dessa vez.
Marrocos obteve a independência de França em 2 de Março de 1956. Ou seja é um país super jovem.
Chegando em Casablanca fomos para o Hotel onde dormi apenas 2 noites pois seguiria em frente a Rabat para reunião que teria e dormiria mais uma noite antes de voltar ao Brasil. Conclusão nesse meio tempo eu teria meio-dia livre em Casablanca, 1 dia inteiro livre em Casablanca e meio-dia em Rabat.
O que eu fiz???? A loucura de um bate e volta a Marrakesh ….. Vai saber quando eu vou conseguir voltar para o Marrocos então foram mais de 250 km para ir e 250 km para voltar no mesmo dia, mas pelo menos dei um “Checked”. Contratei um carro e um guia privativo para poder fazer esse tour muito rápido, reservei um restaurante marroquino para ter a experiência completa. Marrakesh é a quarta maior cidade do país, seguido de Casablanca, Fez e Rabat. Situa-se 580 km a sudoeste de Tânger, 327 km a sudoeste de Rabat, 240 km a sudoeste de Casablanca e 246 km a nordeste de Agadir. É provavelmente a mais importante das chamadas quatro cidades imperiais de Marrocos (as outras são Fez, Meknès e Rabat) e a que atrai mais turistas .
À semelhança de muitas cidades marroquinas, Marrakesh tem uma parte antiga (ou medina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, fortificada, com ruas pejadas de lojas e vendedores de rua, rodeada por bairros modernos, nomeadamente Gueliz, o mais elegante deles, situado junto ao centro. A medina de Marrakesh está classificada como Patrimônio Mundial desde 1985. A cidade é atualmente é uma das mais movimentadas em África e é simultaneamente um importante centro económico e um destino turístico de fama mundial. A medina é um labirinto, eu particularmente não conheço o Bazar da Turquia, mas esse me deixou meio tonta, é gigante.
Além da Medina de Marrakesh, o que é muito famoso por lá são as muralhas de Marrakesh que se estendem por 19 km em volta da medina. São feitas com um barro característico vermelho-alaranjado e cal e estão na origem “cidade vermelha”.
A prosperidade passada da cidade está patente em palácios mansões e outras residências luxuosas. Os palácios mais notáveis são o El Badi, o Palácio Real (Dar al-Makhzen) e o da Bahia. Os riades (mansões tradicionais marroquinas) são comuns em Marrakesh. De planta baseada nas vilas romanas, caracterizam-se por terem um pátio central a céu aberto, rodeado por paredes altas. Este tipo de construção garantia a privacidade dos ocupantes e baixava a temperatura do interior durante o tempo quente.
Marrakesh, uma das cidades mais turísticas de África, tem mais de 200 hotéis, alguns deles internacionalmente famosos. Um destes é o La Mamounia, um hotel de cinco estrelas instalado num edifício que mistura os estilos art déco e marroquino, construído em 1925.
Ahh, o almoço marroquino. Todo mundo acha que comida marroquina se resume ao cuscuz, mas não o prato principal é o Tagine que pode ser de carne, frango ou legumes, feito em uma panela especial, muito bem temperado com muitas azeitonas, gostoso mas bem pesado. O Nome do restaurante é El Baraka e super recomendo para uma experiência local.
Ahh um detalhe as sextas quando é o dia livre do trabalho, eles tem um ritual sagrado que é almoçar com a família um cuscuz com tagine, nosso guia almoçou conosco e contou cada detalhe da vida de um muçulmano marroquino, ele foi excelente.
Bom no dia seguinte tínhamos apenas meio período para conhecer Casablanca e foi o que fizemos antes de seguirmos para Rabat onde teríamos nossa reunião.
Casablanca ou Casa Branca em Português é a maior cidade de Marrocos, na costa atlântica do país, e uma das maiores do Norte de África. Tem cerca de 5,5 milhões de habitantes. É o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos.
Em Casablanca demos uma volta com um guia pela cidade onde pudemos conhecer as praias, confesso que esperava mais da cidade, mas acho que tudo é questão de expectativa. Os Hotéis que achei mais bonitos foram o Four Seasons e o Pestana, restante muito antigo e não tão conservado como os Hotéis de rede no restante do mundo.
Ainda em Casablanca fomos conhecer o ponto turístico mais famoso a Mesquita, a grande Mesquita Hassan II, construída entre 1986 e 1993. Ela chama atenção pelo grande minarete de 200 m (torre), e, depois das mesquitas de Meca e de Medina, é a terceira maior do mundo; um detalhe importante; mulheres tem que estar cobertas ombros e colo, minha sugestão é roupa abaixo do joelho por respeito. A visita só é permitida em horários em que não estão rezando, o ritual acontece 5X ao dia, antes da reza eles se lavam para purificação (sim todas as 5X no dia). Uma coisa interessante que aprendi nessa viagem foi a diferença entre os muçulmanos sunitas, carijitas e xiitas.
O sunita tem por muitos o significado de “um caminho moderado”, referindo-se à ideia de que o sunismo toma uma posição mais neutra do que aquelas que têm sido percebidas como mais extremadas, como é o caso dos xiitas e dos carijitas.
Os xiitas e os carijitas, também conhecidos por “dissidentes”. Os xiitas acreditavam que a única liderança legítima era a que vinha da linhagem do primo e genro de Maomé, Ali. Os xiitas acreditavam que o resto da comunidade cometera um erro grave ao eleger Abu Bakr e seus dois sucessores como líderes. Já os carijitas inicialmente apoiaram a posição dos xiitas de que Ali era o único sucessor legítimo de Maomé, e ficaram decepcionados quando Ali não declarou a guerra no momento em que Abu Bakr tomou a posição de califa, crendo que isto era uma traição ao seu legado por Deus. Ali foi mais tarde assassinado pelos carijitas com uma espada envenenada.
Casablanca possui um dos maiores portos artificiais do mundo, sendo um local importante de negócios e comércio. As principais indústrias são a pesqueira, a vidreira, a de mobiliário, a de materiais de construção e a do tabaco. Existem várias áreas de comércio, onde são vendidos vários tipos de produtos, nomeadamente o artesanato. Nessa cidade conhecemos a Medina mais tradicional Bab Marrakech, para mim a mais linda e organizada J
Em Clasablanca tivemos a oportunidade de ir em 2 restaurantes, um para jantar a noite que era bem lindo a beira-mar: Le Cabeston. E o outro restaurante foi o Rick’s Café que a a réplica do restaurante do filme Casablanca.
Em Rabat tudo foi a trabalho mesmo, então não posso dar dicas pois não tive tempo de conhecer nada meeeeesmo. Mas fica a chance de voltar pois faltou Fez e a região dos desertos.