Para um kit ser bom, deve ser antes de tudo prático e compacto, ou seja, comportar itens necessários, mas sem exageros em espaço ou muitos itens.
Podem ter diversas funções. A primeira, essencial, seria garantir a segurança em relação a possíveis acidentes ou sintomas iniciais em infecções ou alergias.
Crianças estão mais suscetíveis a intercorrências quando ocorrem mudanças em seus hábitos alimentares ou variação climática.
Claro que para organizar a viagem é importante consultar o pediatra que acompanha a criança para a adequada orientação em relação às medicações que podem ser necessárias a depender da condição de cada paciente. O pediatra pode definir os possíveis agravos, considerando o histórico clínico do paciente, imunidade, agravantes de saúde já identificados ou potenciais. Auxilia também na identificação de riscos potenciais em relação a agentes ambientais como insetos, podendo programar vacinação específica (de acordo com a ANVISA ou CDC), orientação sobre uso de repelentes ou proteção física, medidas de proteção térmica (roupas isolantes térmicas) para regiões de frio intenso ou neve, orientações em casos de variação de altitude importante e suas implicações, além de medidas de segurança em geral. Pode também orientar as redes de referência em saúde, hospitais, clínicas e colegas, caso haja necessidade de atendimento.
De maneira geral, é válido garantir uma lista, orientada pelo pediatra, que pode incluir:
- material para curativo em geral: antissépticos, gaze estéril, esparadrapo, tesoura, pinça
- água mineral
- soro de reidratação oral
- soro fisológico (evitar embalagens de metal)
- filtro solar e óculos de sol
- capa de chuva
- protetor auricular para viagens de avião
- pomadas para assaduras
- termômetro
- analgésicos e antitérmicos
- antieméticos (remédios para enjôo)
- antibiótico em casos de pacientes com quadros crônicos ou tratamento orientado
- anti-histamínicos, corticóides, epipen (pacientes com histórico de alergia)
- repelentes e pomadas para picadas
- remédios de uso contínuo
- nebulizadores ou espaçadores (asmáticos ou pacientes com doenças pulmonares)
- receitas recentes, com especificação de peso e idade atual, e no idioma do país de destino, ou pelo menos em inglês, no caso de viagens internacionais
- relatório médico em casos de doenças crônicas ou condições que determinem atendimento especializado
Para comportar adequadamente todos esses itens recomendo uma bolsa ou caixa térmica para adequada conservação, com atenção para embalagens de vidro ou metal, incluindo as especificações de volume e conteúdo permitidos a depender do tipo de viagem e do meio de transporte.